Reis de Portugal (2007)


Sinopse:

Da fundação de Portugal, com D. Afonso Henriques, até a queda da monarquia, em 5 de Outubro de 1910, a chefia do Estado foi sucessivamente exercida por 35 reis, representando quatro dinastias.
Esta excepcional coleção apresenta a biografia de cada soberano, as etapas fulcrais do seu reinado, as figuras e os fatos mais relevantes de sua época. Toda a informação é complementada com opiniões de personalidades de reconhecido prestígio na investigação histórica, a par de comentários de outros especialistas consagrados em diferentes áreas académicas e científicas.
Para esta coleção foram recolhidas imagens não só em Portugal continental e nas ilhas açorianas, como em diversos pontos do Mundo – com destaque para o Reino Unido, Espanha, Marrocos e Brasil – que se encontram estreitamente ligados a iniciativas políticas, diplomáticas ou militares conduzidas por alguns dos monarcas e decisivas na história de Portugal.

Dados do Video:

Produção: Joaquim Veríssimo Serrão
Áudio: Português

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As Origens de Portugal - Da Pré-História ao Condado

A origem do povo português tem a sua raiz bem implantada na dos povos que habitaram este espaço que a todos nós pertence. Este episódio nos leva da Pré-história até que D. Afonso Henriques se torna o primeiro Rei de Portugal.


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1ª Dinastia

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D. Afonso Henriques - O Conquistador

Por muitos considerado um dos maiores portugueses da história, D. Afonso Henriques, O Conquistador, tem pelo menos o mérito de ter sido o primeiro. Neste episódio contaremos a vida do primeiro monarca e os fatos que a rodearam, desde a sua "aclamação", na batalha de Ourique, até sua morte, em Coimbra.


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D. Sancho I - O Povoador

Na sua tentativa de consolidação política e territorial do reino, o filho d´o Fundador, acabou por perder parte das possessões que seu pai lhe deixara. No entanto, D. Sancho I tratou de povoar as suas terras, dando início à perpetuação da Nacionalidade Portuguesa. Neste episódio vamos conhecer o reinador d`o Povoador, bem como as circunstâncias que o rodearam e definiram.


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D. Afonso II - O Gordo

O terceiro Rei de Portugal foi um homem atormentado pela sua relação com a igreja, mas abençoado com um sentido político que lhe permitiu estabelecer as bases da organização judicial e administrativa do País. Digno herdeiro da vontade férrea de seu avô e de capacidade organizadora de seu pai, D. Afonso II, cognominado o Gordo, que no seu reinado materializou o início da centralização do poder real, é o protagonista deste episódio.


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D. Sancho II - O Capelo

Este episódio é dedicado ao reinado d´o capelo. D. Sancho II recebeu este cognome por, em criança, ter usado com frequencia uma capa de aspecto religioso. Rei guerreiro e conquistador, D. Sancho II foi, no entanto, um homem que não estava talhado para ser o "árbitro", fundamento de ofício de reinar. Acabou por ser deposto pelos partidários de seu irmão, D. Afonso, tendo vindo a morrer exilado em Toledo em 1248.


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D. Afonso III - O Bolonhês


D. Afonso, o terceiro rei deste nome, denominado conde de Bolonha, por casamento, era irmão de D. Sancho II e filho de D. Afonso II. Em 1246 assumiu a regência do reino, mas só após a morte de seu irmão em 1248, se tornou rei de Portugal. O Bolonhês, protagonista deste episódio, teve um reinado marcado por dois aspectos fundamentais: a conquista definitiva do Algarve e a inclusão do Povo, que muito o tinha apoiado, nas Cortes e na tomada de decisões política.


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D. Dinis - O Lavrador

Com apenas 18 anos, D. Dinis subiu ao trono de Portugal. Mas a tenra idade não fez com que o Lavrador não assumisse desde logo uma posição firme no governo do reino. As suas políticas revelaram-se brilhantes em áreas como a economia, a diplomacia, a educação, a reorganização militar e a preservação do território. A Universidade, a Ordem de Cristo, o pinhal de Leiria e o Tratado de Alcanizes, são apenas alguns dos acontecimentos que marcam o reinado do primeiro grande estadista português, reinado este que, no seu final, ficaria ensombrado pelas guerras civis que viria a travar com seu filho, o futuro D. Afonso IV.


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D. Afonso IV - O Bravo

O reinado d´o Bravo ficou marcado por episódios que para sempre ficaram gravados na memória popular dos portugueses. D. Afonso IV foi um rei guerreiro, que, em território castelhano, infligiu aos mouros, juntamente com seu genro, Afonso XI de Castela, a derrota decisiva da reconquista cristã, na batalha do Salado. No entanto, foi a execução de Inês de Castro, a amada de seu filho, o príncipe D. Pedro, o futuro rei deste nome, que veio amargurar o final da sua vida e a marcar para sempre o seu reinado, que é dado a conhecer na sua plenitude neste episódio.


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D. Pedro I - O Justiceiro ou O Cruel

Ainda mal tinha subido ao trono, já D. Pedro lançava a vingança contra os que tinham tirado a vida de sua amada, mãe de três dos seus filhos, a bela Inês de Castro. Este ato, que lhe rendeu o cognome de O Cruel, ficou sempre gravado na memória do povo português. No entanto, foram as ações que lhe mereceram o seu outro cognome, o Justiceiro, que realmente foram importantes no governo de um dos mais populares monarcas da História de Portugal. A aplicação de Justiça e o enriquecimento do País foram os fatos que mais marcaram o governo de D. Pedro I.


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D. Fernando - O Formoso

O reinado de D. Fernando, filho de D. Pedro I e de D. Constança, foi um dos mais inconstantes e controversos da História de Portugal. Marcado ao nível político, pela Lei das Sesmarias e por incontáveis e constantes guerras com Castela, ficou, ao nível pessoal, marcado pelo casamento com a cortesã Leonor Teles, de quem o Formoso viria a ter uma única filha sobrevivente. O casamento dessa filha, D. Beatriz, com o rei de Castela, D. João, viria a lançar Portugal num interregno dinástico, acabando com a Primeira Dinastia, a de Borgonha, e colocando em perigo a própria independência da nação.


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2ª Dinastia

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D. João I - O de boa memória

Quando em 1357 nasceu em Lisboa, filho natural de rei viúvo D. Pedro I e de Teresa Lourenço, o infante D. João, ninguém imaginaria que viria a ser, não só rei de Portugal, mas um dos maiores monarcas que a nossa História conheceu. Aclamado rei nas Cortes de Coimbra de 1385, tendo como principal investidor João das Regras, foi, juntamente com D. Nuno Álvares Pereira, responsável pela manutenção da independência do reino, resultante da vitória decisiva de Aljubarrota. D. joão I foi o fundador da segunda dinastia, a de Avis, e o seu reinado marcou o início do Império português. Tão forte foi o impacto de D. João no povo português, que foi cognominado o de boa memória.


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D. Duarte - O Eloquente

D. Duarte tinha já mais de 40 anos quando chegou ao trono e, embora participasse já no governo do reino há mais de 20 anos, o seu reinado durou apenas cinco anos. O seu reinado ficou marcado por um dos grandes dramas da nossa história, o chamado desastre de Tânger, do qual resultou prisioneiro o seu irmão, o Infante Santo, D. Fernando. Foi um homem de grande cultura, que ficou conhecido como o Eloquente, sendo o irmão mais velho de um conjunto de infantes dos quais se destacaram D. Pedro e D. Henrique, o Navegador.


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D. Afonso V - O Africano

D. Afonso V tinha apenas cinco anos quando subiu ao trono, tendo assumido o controle efetivo do reino aos catorze. O início do seu reinado caracterizou-se por intrigas que o levaram a deixar cair em desgraça o seu tio, sogro e conselheiro, o infante D. Pedro. Após a morte deste, na batalha de Alfarrobeira, D. Afonso V virou-se para a expansão do Império Norte da África, fato que lhe valeu o cognome de o Africano. O seu reinado ficou marcado pela luta que moveu com o objetivo de se apoderar do trono de Castela, e que lhe valeu um fim de vida de grandes amarguras.


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D. João II - O Príncipe Perfeito

O Príncipe Perfeito, como ficou conhecido D. João II, iniciou-se na arte de governar quando ainda era muito jovem, pois ficou como regente do reino durante as ausências de seu pai. Reprimiu a nobreza feudal e foi responsável pelo lançamento definitivo da expansão marítima portuguesa, em busca da rota das especiarias. Durante o seu reinado Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança, abrindo a porta ao caminho marítimo para a índia, e foi assinado o Tratado de Tordesilhas. Aquele que muitos consideram o maior monarca da História de Portugal, e a quem Isabel a Católica chamava "O Homem", teve um fim de vida prematuro, não tendo sido poupado a assistir à morte trágica do seu único filho, D. Afonso. Morreu aos quarenta anos de idade deixando Portugal no topo do Mundo.


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D. Manuel I - O Venturoso

Primo e cunhado de D. João II, D. Manuel I sucedeu-lhe no trono português por ele não ter deixado herdeiro legítimo. Logo no início do seu reinado beneficiou do que de fora alcançado no reinado anterior, tendo conseguido Vasco da Gama concluir o caminho marítimo para a Índia. Este acontecimento foi imediatamente seguido da descoberta do Brasil e fez com que Portugal se tornasse no país dominador do comércio dos bens do Oriente. è daqui que lhe vem o cognome de o Venturoso. O seu governo pautou-se por uma permanente busca de manter a paz com a Espanha através duma política de casamentos. Com a cristão-novos minorou a nascente perseguição aos judeus.


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D. João III - O Piedoso

D. João III, cognominado o Piedoso, foi responsável por grandes atos de consolidação do império português. A sua política foi de expansão e domínio dos territórios portugueses, tanto na Índia como no Brasil. Foi no seu reinado que os portugueses chegaram à China e ao Japão. Foi grande mecenas de homes de cultura e ciência. No entanto, o seu reinado ficou marcado pela instituição em Portugal da Inquisição, que acabaria por perseguir e expulsar os judeus, o que teria um resultado catastrófico para o reino. Embora tenha sido pai de um grande número de filhos, deixou como descendente apenas um neto, o que viria a revelar-se dramático para Portugal.


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D. Sebastião - O Desejado

D. Sebastião foi o Desejado, por ter nascido poucos meses após a morte de seu pai e ter assegurado a sucessão de seu avô nas mãos de um monarca português. Nunca revelou grandes aptidões para o governo, tendo sempre preferido a arte da guerra. Este fato levou-o a, desde muito cedo, empreender na ideia de contrariar a expansão otomana no Norte da África. Foi assim que, em 1578, se lançou numa campanha que viria a culminar na sua morte na batalha de Alcácer Quibir, em Marrocos. Deixou portugal sem herdeiro, sem rumo e sem futuro.


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Cardeal D. Henrique - O Casto

O quarto filho de D. Manuel I, D. Henrique, o Casto, sucedeu no trono ao seu sombrinho-neto quando contava já com 66 anos. Para o futuro do reino havia ainda a agravante de, sendo cardeal, não ter descendência. O seu curto reinado ficou marcado pela pressão da nobreza e da alta burguesia no sentido de ver Portugal governado por um rei forte, como era Filipe II da Espanha de modo a que os seus privilégios pudessem ficar assegurados. É responsabilidade sua, e apenas sua, que Portugal tenha perdido a independência após a sua morte, pois, podendo ter designado um sucessor, preferiu não o fazer, deixando assim o caminho aberto ao Rei de Espanha.


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D. António - O Prior do Crato

Filho ilegítimo do infante D.Luís, e portanto neto de D. Manuel I, D. António tinha sucedido a seu pai na posição de prior do crato, cargo que abandonou quando, para grande desgosto de seu tio, o cardeal D. Henrique, renunciou a vida eclesiástica. Após a morte de D. Sebastião, apresentou-se como possível herdeiro à coroa portuguesa, mas o seu tio afastou-o da corte e retirou-lhe todas as honras. No entando, após a morte do "cardeal Rei", e perante a ameaça da invasão de Portugal pelas tropas espanholas, D. António foi aclamado rei de Santarém. O seu reinado durou apenas um mês, e perante a derrota, D. António refugiu-se na França, onde viria a morrer 15 anos depois.


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3ª Dinastia

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D. Filipe I - O Prudente

Filipe I, o Prudente, foi o primeiro dos três reis espanhóis de Portugal. Foi jurado rei em 1581, em Tomar, e a sua legitimidade advinha de ser neto de D. Manuel I. Quando foi jurado rei comprometeu-se a respeitar os usos, os costumes e os privilégios dos portugueses, mantendo as coroas dos dois países separadas. Em 1583 deixou Portugal e não mais regressou. Foi na política externa que mais se sentiram os efeitos de Portugal ter um rei espanhol, passando o Império português a ser sistematicamente atacado pelos inimigos da Espanha. A participação dos navios portugueses na Invencível Armada viria a ser catastrófica, pois a derrota sofrida deixou a nossa marinha quase inoperacional.


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D. Filipe II - O Pio

Filipe II, o Pio, sucedeu a seu pai no trono português. Foi um homem sem qualquer preparação para reinar o vasto Império espanhol, e preocupava-se mais com regras de etiqueta do que com o governo. De fato, essa preocupação viria a revelar-se fatal para este monarca. Foi durante o seu reinado que o mito do sebastianismo mais se difundiu, como forma de manter vivo o espírito de independência. Filipe II passou em Portugal apenas alguns meses do seu reinado.


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D. Filipe III - O Grande

Filipe III, o Grande foi o último dos reis espanhóis a governar Portugal. Quando subiu ao trono, com apenas 16 anos de idade, confiou o governo a gaspar de Guzmán, que, sentindo que a Espanha perdia dominio sobre as suas possessões, resolveu encetar uma série de reformas. Para Portugal foi escolhida como vice-rainha a duquesa de Mântua, tendo sido escolhido como secretário o seu válido português Miguel de Vasconcelos. Com o aumento das contribuições exigidas aos portugueses e a "despromoção" do reino a mera província espanhola, o sentimento de revolta começou a aumentar, tendo culminado na restauração da independência a 1 de Dezembro de 1640. Era o fim do domínio espanhol e o início da quarta dinastia, a de Bragança.


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4ª Dinastia

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D. João IV - O Restaurador

Filho de Teodósio, Duque de Bragança e de Ana de Velasco que nasceu em Vila Viçosa a 19 de Março de 1604 e morreu em Lisboa a 06 de Novembro de 1656 e casou com Dona Luísa de Gusmão que teve como descendentes: Dom Teodósio, Dona Catarina, Dom Afonso e Dom Pedro. Começou a governar em 1640 e terminou em 1656. Dom João, oitavo Duque de Bragança, era o herdeiro direito da coroa portuguesa, no caso de Portugal se rebelar contra a soberania espanhola. Por isso mesmo, os conspiradores que prepararam o movimento da Restauração procuraram atraí-lo para a sua causa. Mas foi com dificuldade que o conseguiram convencer. Logo após ter tido conhecimento das ocorrências do 1º de Dezembro de 1640, saiu de Vila Viçosa e veio para Lisboa, tendo sido aclamado rei duas semanas depois. O seu reinado teve como nota dominante o desenvolvimento da Guerra da Restauração. Por isso, teve que preparar o país para resistir ao inevitável ataque espanhol: reorganizou o exército, construiu e reparou fortalezas, desenvolveu a indústria de artilharia. No plano externo, procurou obter o reconhecimento da separação da coroa espanhola e fez acordos de paz com diversas nações.


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D. Afonso VI - O Vitorioso

Filho de Dom João IV, rei de Portugal e de Luísa de Gusmão, rainha de Portugal, nasceu em Lisboa a 21de Agosto de 1643 e morreu em Sintra a 12 de Setembro 1683, e está sepultado em Lisboa, no Mosteiro dos Jerônimo e casou com Dona Maria Francisca Isabel de Sabóia, e não teve descendentes. Começou a governar em 1656 e terminou em 1668 Dom Afonso VI sofreu em criança de uma grave doença desconhecida na época e que o deixou para sempre muito diminuído física e intelectualmente. O governo do reino não lhe estava reservado, porque não era o filho mais velho. Porém, a morte prematura de seu irmão Dom Teodósio, trouxe a seus pais, para além do desgosto, um grave problema para resolver. É que Dom Afonso VI não tinha capacidades para governar o país. Esta situação tão delicada ainda se agravou mais com a morte de Dom João IV, três anos depois de Dom Teodósio. A rainha, Dona Luísa de Gusmão, assumiu então a Regência do reino, visto que Dom Afonso VI tinha apenas treze anos e continuava a revelar uma total incapacidade para governar. A rainha defrontava-se então com a arrastada Guerra da Restauração que continuava a consumir vidas e dinheiro. O rei, alheado do que se passava no país, rodeava-se de gente pouco recomendável da qual se destacava um italiano de nome Conti, que exerceu durante muito tempo uma grande influência sobre o monarca. Dom Afonso VI casou em 1666 com Dona Maria Francisca. Porém, este casamento não veio resolver problema nenhum, porque segundo parece, o rei não poderia assegurar descendência.


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D. Pedro II - O Pacífico

D. Pedro II, mesmo já governando o país há já alguns largos anos, só de torna verdadeiramente rei em 1683 com a morte do irmão, D. Afonso VI, tendo sido ele quem assinou a paz com Espanha em 1668.

O reinado deste rei ficou marcado por dois acontecimentos muito importantes. O primeiro foi o apoio de Portugal ao arquiduque Carlos da Austria, na guerra da sucessão do trono espanhol contra Filipe de Anjou. A guerra foi ganha por este último que tinha o apoio da França e D. Pedro II teve de fazer recuar as suas tropas novamente para Portugal. O segundo acontecimento significativo deste reinado foi a assinatura do Tratado de Methwen em 1703, através do qual Portugal abria as suas fronteiras aos lanifícios ingleses em troca da livre exportação de vinho do Porto para Inglaterra.


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D. João V - O Magnânimo

Filho de Pedro II, rei de Portugal e de Maria Sofia de Neuburgo, rainha de Portugal, que nasceu em Lisboa a 22 de Outubro de 1689 e morreu em Lisboa a 31 de Julho de 1750, e que se casou com Dona Maria Ana de Áustria com teve como descendentes legítimos: Dona Maria Bárbara, Dom Pedro, Dom José, Dom Carlos, Dom Pedro, Dom Alexandre e como descendentes ilegítimos: Dona Maria Rita, Dom António, Dom Gaspar, Dom Francisco. Começou a governar em 1706 e terminou em 1750 O reinado de Dom João V está ligado ao ciclo do ouro do Brasil, já que coincidiu com o período mais produtivo da mineração. Até ao fim do século, seriam extraídos cerca de dois milhões de quilates. Além do ouro, descobriram-se diamantes, e continuou a produção do açúcar, do tabaco, das peles, do gado e do Pau-brasil. A Corte portuguesa, até então bem modesta, tornou-se rica e faustosa. Ainda hoje se conservam as carruagens do rei, que são verdadeiros monumentos ambulantes. O Convento de Mafra permanece, contudo, como o símbolo máximo dessa riqueza. A política externa mereceu grande atenção por parte de Dom João V, que procurou recuperar o prestígio internacional perdido desde a dominação filipina. Foi também no seu reinado que foram consolidadas as fronteiras do Brasil.


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D. José I - O Reformador

Foi rei da Quarta Dinastia, filho de João V, rei de Portugal e de Mariana de Áustria, rainha de Portugal, que nasceu em Lisboa a 06 de Junho de 1714 e morreu em Lisboa a 24 de Fevereiro de 1777, e está sepultado em Lisboa no Mosteiro de São Vicente de Fora, e se casou com Dona Mariana Vitória e teve como descendentes: Maria, Maria Ana, Maria Francisca Doroteia, Maria Francisca Benedita.Começou a governar em 1750 e terminou em 1777. Dom José I, conforme podemos ver nos retratos que foram pintados por artistas da época, era um homem de estatura média, entroncado, com bochechas redondas e olhos castanhos. Usava cabeleira postiça de acordo com a moda daquele tempo. Conforme também era costume na época, Dom José casou-se muito novo. Tinha apenas quatorze anos quando lhe mandaram ver noiva. A escolhida foi uma princesa espanhola, Mariana Vitória, com dez anos de idade. O jovem casal não tinha mais nada que fazer para além de comer, dormir e divertir-se, assistindo a espetáculos musicais, participando em festas e bailes da Corte ou em grandes caçadas que se realizavam sobretudo no Ribatejo e no Alentejo. Essa vida alegre e despreocupada prolongou-se demasiado. Assim, quando o pai morreu e Dom José subiu ao trono com trinta e seis anos, nunca tinha tido qualquer responsabilidade, não estava informado sobre os problemas do país nem sabia governar. No entanto, dois dias depois da morte do pai, tomou uma medida inteligente, chamou para seus ministros três homens capazes de ajudá-lo a dirigir o reino.

Um deles, foi quem na realidade governou durante todo o reinado de Dom José I. Chamava-se Sebastião José de Carvalho e Melo, mas ficou conhecido por um dos títulos que o rei lhe deu: Marquês de Pombal.


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D. Maria I - A Piedosa

Foi rainha da Quarta Dinastia, filha de José I, rei de Portugal e de Maria Vitória de Áustria, rainha de Portugal, que nasceu em Lisboa a 17 de Fevereiro de 1734 e morreu em Rio de Janeiro, Brasil a 20 de Março de 1816, e se casou com Dom Pedro e teve como descendentes: José, João, Maria Clementina, Maria Isabel, Mariana Josefa Vitória.

Começou a governar em 1777 e terminou em 1816 Dona Maria I -- Rainha portuguesa casada em 1760 com o seu tio Dom Pedro III, sucedeu a Dom José I em 24 de abril de 1777, dando início à chamada "Viradeira", isto é, a virada do regime que trouxe ao poder os inimigos do Marquês de Pombal, que realmente governara o país no reinado do seu pai. Afastado o Marquês de Pombal, que pede a demissão de "todos os lugares" que ocupara, organiza um novo governo, procura reatar a tradição monárquica e resolver os problemas suscitados pelo Regime Pombalino. Manda soltar os presos políticos, reabilita a família Távora e os outros fidalgos acusados de tomarem parte no atentado contra Dom José e toma outras providências destinadas a manter a harmonia da família portuguesa. Foram notáveis os primeiros anos de governo, facilitados pela grande expansão comercial portuguesa no Atlântico. As mortes do marido e do príncipe herdeiro (1786 e 1788) debilitaram-na tão seriamente que em 1792 manifestava evidentes sinais de loucura.

O futuro Dom João VI foi então associado ao governo, ocupando a Regência (até 1816). Durante o seu reinado, a rainha funda: Academia Real das Ciências Academia Real da Marinha Academia Real da Fortificação Escolas Primárias Escolas do Ensino Médio Academia dos Guardas-Marinhos Biblioteca Nacional de Lisboa Basílica da Estrela Igreja da Memória (Lisboa) Começa a construção do teatro de S. Carlos. Manda fazer investigações científicas no estrangeiro e no ultramar. Modifica a reforma da Universidade. Assina um tratado de comércio com a Rússia, manda abrir estradas, favorece a cultura do arroz, desenvolve várias indústrias. No seu reinado é feita pela primeira vez a iluminação pública das ruas. Entre os ministros de Dona Maria I, distinguiram-se o Marquês de Angeja e o Visconde de Cerveira.

Em 21 de Novembro de 1806, Napoleão ordena que todos os países europeus fechassem os seus portos aos navios ingleses. A essa ordem chamou-se Bloqueio Continental. Portugal não aderiu a esse Bloqueio porque era um velho aliado de Inglaterra e com ela mantinha relações comerciais. Por isso, em Novembro de 1807, as tropas napoleônicas comandadas pelo general Junot, entram em Portugal.

Tinha começado a primeira Invasão Francesa. Em Agosto de 1808, Portugal vence a França nas batalhas de Roliça e Vimeiro. Com estas derrotas o general Junot é obrigado a assinar um tratado de paz, no qual se comprometeu a sair de Portugal. Em Março de 1809 deu-se a segunda Invasão Francesa.
Em Junho de 1810 dá-se a terceira Invasão Francesa. Dona Maria I morreu no Brasil, onde se encontrava a família real desde que abandonara Lisboa, por ocasião da primeira Invasão Francesa. Prestou alguns bons serviços a Portugal enquanto governou. Depois de adoecer, nem sempre as coisas correram bem para o nosso país, governado por Dom João e por vários ministros.


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D. João VI - O Clemente

Foi rei da Quarta Dinastia e era filho de Pedro III e de Maria I, rainha de Portugal. que nasceu em Lisboa a 13 de Maio de 1767 e morreu em Lisboa a 10 de Março de 1826, e que se casou com Dona Carlota Joaquina e teve como descendentes: Pedro, Miguel. Começou a governar em 1816 e terminou em 1826 A mãe, Dona Maria I, adoeceu em 1792. Dom João VI, passou então a governar e, a partir de 1799 e até 1816 ano em que a mãe morreu, foi o regente do reino. Dom João VI governou numa época muito conturbada da História de Portugal. A influência da Revolução Francesa que, para além de ter gerado um Napoleão desejoso de conquistas, rapidamente espalhou os seus ideais liberais pela Europa. Em Portugal as Invasões Francesas obrigaram a Corte a fugir para o Brasil e foram devastadoras para o país, não só pela ação dos invasores franceses, mas também pela ação de pilhagem dos ingleses. Estas invasões foram três e a última verificou-se em 1811. Em 1820 rebentou no Porto uma revolução militar e civil. O objetivo inicial desta revolução era expulsar os oficiais ingleses que comandavam o exército português, e proclamar uma Constituição em harmonia com os ideais correntes na Europa.

O rei regressou então a Portugal em 1821 deixando a Regência do Brasil nas mãos de D. Pedro, seu filho, dispondo-se a governar como rei constitucional. Entretanto, a 7 de Setembro de 1822, deu-se a independência do Brasil e no dia seguinte o rei jurou a Constituição. Esta só vigorou até Maio de 1823, altura em que se deu o movimento militar anti-liberal, a Vilafrancada, promovido por Dom Miguel segundo filho de Dom João VI. Dom Miguel acabou por ser obrigado ao exílio. Este movimento liderado por Dom Miguel tinha como objetivo travar a expansão da ideologia liberal, e lutar por uma política com ideais absolutistas. Este ato de revolta do filho e o problema da independência do Brasil, afetaram muito a saúde do rei, que adoeceu gravemente a 4 de Março de 1826. Morreu seis dias depois. Os destinos do reino foram então confiados a um conselho de regência, presidido pela sua filha, a infanta Dona Isabel Maria.


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D. Pedro IV - O Rei Soldado

D. Pedro é nomeado regente do Brasil quando o pai, D. João VI regressa definitivamente a Portugal, chegando em Setembro de 1822 a proclamar a Independência do Brasil que só será reconhecida por Portugal três anos mais tarde, em 1825.

Em 1826, D. João VI morre e D. Pedro IV, por ser o sucessor natural, é aclamado rei de Portugal. No entanto, os brasileiros não pretendem que os dois países tenham um só rei, o que obriga D. Pedro a nomear a sua filha D. Maria, regente de Portugal, na condição de casar com o seu tio D. Miguel. Devido ao fato de D. Maria ter apenas sete anos, a regência acaba por ser entregue a D. Miguel que em 1828 se proclama rei, seguindo-se seis anos de reinado absolutista.

D. Pedro IV, decide, pois, ele próprio encabeçar a revolta liberal tentando recuperar a coroa, dando origem a uma guerra civil que durou de 1832 até 1834, resultando na vitória liberal.

D. Pedro, não chega a usufruir dos frutos dessa vitória, pois morre em Setembro desse mesmo anos de 1834.


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D. Miguel - O Rei Absoluto

Foi rei da Quarta Dinastia e o trigésimo Rei de Portugal, e filho de João VI, rei de Portugal e de Carlota Joaquina, rainha de Portugal que nasceu em Queluz a 26 de Outubro de 1802 e morreu em a 14 Novembro de 1866, e que se casou com Dona Adelaide e teve como descendentes sete filhos. Começou a governar em 1828 e terminou em 1834. Nasceu no Palácio de Queluz. Tinha apenas cinco anos de idade quando partiu para o Brasil com a família real, e de lá regressou com os pais e as irmãs em 1821. Era um rapaz alto, elegante, moreno, de grandes olhos escuros. Adorava andar a cavalo e montava muito bem. Era também grande apreciador de caçadas e touradas. Sempre que surgia oportunidade, entrava na arena para enfrentar o touros. Fazia o maior sucesso entre as mulheres. O povo adorava-o. Este príncipe não tinha direito a ser rei porque era o segundo rapaz. Mas as circunstâncias permitiram que se sentasse no trono. Nesta época os portugueses dividiam-se em dois partidos: os "liberais", que queriam um rei a governar de acordo com as leis feitas por deputados; e os "absolutistas", que queriam um rei a governar com todo o Poder nas mãos, ou seja, um rei absoluto. Dom Miguel foi sempre absolutista e tentou impedir que o liberalismo se implantasse em Portugal. No tempo do seu pai, o rei Dom João VI, chefiou as revoltas a que se dá o nome de Vila-Francada e Abrilada.

Como foi derrotado, teve que ir para o estrangeiro. Em 1826 aceitou a proposta que lhe fez o irmão, Dom Pedro. Prometeu casar com a sobrinha e governar o País de acordo com as leis liberais. Mas assim que desembarcou em Lisboa viu-se envolvido em manifestações populares que o aclamavam como rei absoluto. A mãe, Dona Carlota Joaquina, que também era absolutista, incentivou-o a esquecer as promessas e a tomar nas mãos o destino do País sem dar contas a ninguém. A ideia sorriu-lhe e assim foi. Governou oito anos, e que reinado agitadado: perseguiram-se os liberais, muitos foram executados, outros fugiram para o estrangeiro. Dom Pedro regressou com tropas e estalou a Guerra Civil. Ora se todas as guerras são horríveis, talvez a pior de todas seja uma guerra assim, pois os adversários são conhecidos, amigos e até pessoas da mesma família. Toda a gente sofreu imenso. Os absolutistas foram derrotados e a paz assinada na Convenção de Evoramonte. O texto da convenção impunha as seguintes condições: Dom Miguel saía de Portugal dentro de 15 dias, para nunca mais voltar a pôr os pés em terra portuguesa ou mesmo na Península Ibérica. Podia levar os bens pessoais mas tinha que entregar as jóias da coroa. No local onde viesse a instalar-se ser-lhe-ia entregue a quantia de sessenta contos por ano, o que na época era muito dinheiro. O príncipe embarcou em Sines no navio inglês Stag no dia 1 de Junho de 1834, com destino a Gênova. Aí escreveu logo uma carta a renegar todas as imposições da Convenção de Evoramonte. Recusava-se a aceitar a derrota. Foi uma atitude corajosa, até porque assim também ficava sem dinheiro. Viveu um tempo em Roma. Depois seguiu para Inglaterra e mais tarde para a Alemanha, onde casou em 1851 com a princesa Adelaide de Rosenberg. O casal teve sete filhos. Instalados em Brombach, frequentemente visitados por portugueses, levaram uma existência calma e agradável mas com dificuldades econômicas. Sabendo isso, os portugueses que se lhe mantiveram fiéis enviavam donativos para o ajudar.


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D. Maria II - A Educadora

Quando D. Pedro IV morre em 1834, D. Maria é aclamada rainha, com apenas 15 anos de idade. O reinado de D. Maria II é assolado por diversas revoluções. A primeira, em Setembro 1836, coloca o centro - esquerda no poder, seguida da Belenzada em Novembro do mesmo ano. Segue-se, em 1837, outra revolta encabeçada por Saldanha e pelo Duque da Terceira. Até que em 1842, Costa Cabral assume a chefia do governo, assumindo um governo autoritário, mas competente, conseguindo impor alguma ordem cuja falta já exasperava o regime liberal. Mesmo com toda a instabilidade existente (até com Costa Cabral se deram as revoltas da Maria da Fonte, em 1846, e a Patuleia, no ano seguinte, realizaram-se reformas importantes. Entre elas destacam-se a obrigatoriedade da instrução primária, o surgimento dos liceus, das escolas politécnicas e dos correios portugueses. D. Maria II morre em 1853, sucedendo-lhe D. Pedro V.


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D. Pedro V - O Esperançoso

D. Pedro V de Portugal (nome completo: Pedro de Alcântara Maria Fernando Miguel Rafael Gonzaga Xavier João António Leopoldo Victor Francisco de Assis Júlio Amélio de Saxe Coburgo e Bragança; 16 de Setembro de 1837 — 11 de Novembro de 1861), cognominado O Esperançoso, O Bem-Amado ou O Muito Amado, foi Rei de Portugal de 1853 a 1861. Era o filho mais velho da Rainha D.Maria II e do seu consorte D.Fernando II.

Embora muito jovem quando da sua ascensão ao trono português, com apenas 16 anos, foi considerado por muitos como um monarca exemplar, que reconciliou o povo com a casa real, após o reinado da sua mãe ter sido fruto de uma guerra civil vencida. D. Fernando II, seu pai, desempenhou um papel fundamental no início do seu reinado, tendo exercido o governo da nação na qualidade de regente do Reino, orientando o jovem rei no que diz respeito às grandes obras públicas efetuadas. D. Pedro é frequentemente descrito como um monarca com valores sociais bem presentes, em parte devida à sua educação, que incluiu trabalho junto das comunidades e um vasto conhecimento do continente europeu. A 16 de Setembro de 1855, completando 18 anos, é aclamado rei, presidindo nesse mesmo ano à inauguração do primeiro telégrafo elétrico no país e, no ano seguinte (28 de Outubro), inaugura o caminho de ferro entre Lisboa a Carregado. É também no seu reinado que se iniciam as primeiras viagens regulares de navio, entre Portugal e Angola. Dedicou-se com afinco ao governo do País, estudando com minúcia as deliberações governamentais propostas. Criou ainda, o Curso Superior de Letras, em 1859, que subsidiou do seu bolso, com um donativo de 91 contos de réis. Nesse mesmo ano é introduzido o sistema métrico em Portugal.


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D. Luis - O Popular

Foi rei da Quarta Dinastia e o trigésimo segundo rei de Portugal, filho de Dom Fernando, rei e de Maria II, rainha de Portugal, e que nasceu em Lisboa a 31 de Dezembro de 1838 e morreu em Cascais a 19 de Outubro de 1889, casou com Maria Pia de Sabóia, e teve como descendentes legítimos: Carlos. Começou a governar em 1861 e terminou em 1889. Por falta de descendência de Dom Pedro V, seu irmão, Dom Luís herdou a coroa.

Foi um homem de notável cultura literária, artística e científica. Durante o seu reinado e em conseqüência da criação do imposto geral de consumo, que a opinião pública recebeu mal, deu-se o Motim a que se chamou a "Janeirinha" em finais de 1867. Também a 19 de Maio de 1870 se verificou uma revolta militar, promovida pelo marechal Duque de Saldanha e que pretendia a demissão do governo. O rei demitiu o ministério de Saldanha e chamou ao poder Sá da Bandeira. Em Setembro de 1871, subiu ao poder Fontes Pereira de Melo, que organizou um gabinete regenerador, o qual se conservou até 1877. Segui-se o do Duque de Ávila, que não se agüentou por muito tempo, por lhe faltar maioria. Assim, e depois do conflito parlamentar que rebentou em 1878, Fontes Pereira de Melo foi chamado outra vez para constituir gabinete. Conseqüentemente, os progressistas atacaram o rei, acusando-o de patrocinar escandalosamente os regeneradores. Este episódio constituiu um incentivo ao desenvolvimento de republicanismo. Em 1879, Dom Luís chamava, então, os progressistas a formarem governo.


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D. Carlos - O Diplomata

O início do reinado de D. Carlos ficou marcado pelo ultimato inglês de Janeiro de 1890. Na Conferência de Berlim, realizada em 1885, Portugal tinha apresentado o seu mapa cor de rosa, reivindicando para si os territórios de Angola a Moçambique. Tais intenções iam, no entanto, contra os objetivos ingleses de terem um Império em África que ligasse o Cairo à cidade do Cabo. Com o ultimato inglês, Portugal recuou e deixou-se ficar com Angola e Moçambique. Esta transigência na política africana não foi bem aceite na época, cada vez mais marcada por fortes sentimentos nacionalistas.

O partido republicano, então emergente, consegue captar essa massa descontente e provoca, em 31 de Janeiro de 1891, uma primeira revolução com a intenção de derrubar a Monarquia. A revolta falha, mas a ferida fica. D. Carlos, foi um belíssimo diplomata, conseguindo que Portugal fosse reconhecido e ouvido pelas potências européias. No entanto, a nível interno, não foi bem sucedido, tendo inclusive, cometido vários erros. Um deles, terá sido a aceitação da chamada ditadura de João Franco, que acabou por ser uma última tentativa, desesperada, de restabelecer o prestígio e credibilidade de um regime que agoniava dia para dia. D. Carlos, foi assassinado, juntamente com o seu filho mais velho, no dia 1 de Fevereiro de 1908, na Rua do Arsenal, em Lisboa. Sucede-lhe, D. Manuel II.


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D. Manuel II - O Patriota

D. Manuel sobe ao trono depois do assassinato do seu pai, D. Carlos e do seu irmão mais velho, D. Luís Filipe.

D. Manuel, tentou ter uma atitude pacificadora, mas que falhou em toda a linha, na medida que as posições dos seus opositores eram já bastante extremistas e não aceitavam grandes cedências. Em Novembro de 1908, nove meses depois da morte do rei, o partido Republicano vence as eleições autárquicas em Lisboa demonstrando ser uma força com grande influência na capital do pais. As divisões entre os monárquicos acentuam-se dia para dia até que no dia 4 de Outubro de 1910, Machado dos Santos chefia uma revolta republicana que, vitoriosa, declara a instauração da República no dia seguinte. D. Manuel II foge para Inglaterra onde morre em 1932.


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